HÁ DIAS DE SORTE ...(a dobrar)
...e digo isto, porque já me considero uma sortuda nesta vida, nas coisas mais importantes. O resto são a tal sorte a dobrar, uma raridade, mas que de mil em mil anos lá acontece. E um dia deu-se. Inédito!!!
Nah! Não estou a falar em ganhar o euromilhões, ou até achar dinheiro, porque nunca, mas nunca piso M**da. Tenho sempre muito cuidado.
Fui à loja do cidadão (aquele horror), para tratar da renovação da carta de condução. Agora com os tais "entas" não digo quais, vocês devem saber, temos que revalidar a dita cuja. Até porque a agilidade, a vista, os ouvidos, as reacções-distracções são indicadores de que é preciso reavaliar as nossas capacidades.
Ora muito bem!
Até concordo, pois há que ter a noção do perigo que podemos causar aos outros e a nós também, como é óbvio. Não só em termos de saúde, número um, como em termos materiais, number two.
O problema, é:
-O tempo que se perde nestes sítios (lojas cidadão)
-O dinheirinho que sai do bolso (renovação+ foto+gasóleo+dia de trabalho+almoço)
Bom, é melhor ficarmos por aqui. Não quero estragar este filme, que até teve um "The End" melhor que a encomenda.
Pois bem, assim resumidamente. Chego lá, uma fila enorme. Tiro uma senha. 174, que azia. Olho para o relógio, uma volta no estômago. Olho para as paredes, brancas, eureka, ... vislumbro assim de relance, qualquer coisa escrita numa delas, dizia assim: "para renovação não precisa tirar senha". Olha que bom. Afinal não deve ser preciso. Vou perguntar.
Esperei alguém levantar o rico traseiro da cadeira, e lá fui eu toda prontinha conferir se tinha percebido bem a mensagem do tal papel. Contudo, assim que me aproximo da mesa. A senhora olhou para mim e disse:
- pode sentar-se.
Ora, modéstia à parte, sentadinha fiquei.
Para não haver confusões, fui logo dizendo que..., mas ela interrompeu-me bruscamente com... - "trouxe os documentos todos?" e eu, - claro que sim, estão aqui.
Blá blá blá...praqui, blá blá blá pracolá. Tudo tratado. De repente, medo! - Surge a pergunta: Não me deu a senha pois não? Eu, assim meio sem saber se diria sim ou não, lá disse que não e entreguei-lha. A mulher ficou sem pio, abafou um grito e invocou a nossa senhora. Eu pensei, pronto, lá vou eu para a fila recambiada, isto estava a correr tão bem fonix. A mulher sussurrava: - " Ai minha senhora, então mas a sua senha é o nº tal, e ainda vamos no nº ....coiso e tal"
Eu: - Pois minha senhora, lamento, mas eu apenas vinha pedir uma informação, quando a senhora me mandou sentar e começou a tratar de tudo. A partir daí, não tive opção. Acreditei que o procedimento estaria correto. (Imaginem moi, com aquela cara de santinha, que todos conhecem). Sim, porque eu sou boa pessoa certo.
Ela: - Pronto, pronto, está bem, não diga mais nada. Shiuuuu, não pode dizer mesmo nada, a ninguém. Foi um lapso o que aqui se passou, vá-se lá embora, mas por favor não comente com ninguém.
Ora, e eu lá sou de comentar estas coisas, nem pense nisso. Sou um túmulo. Fuuuuiiii.
O certo é que me livrei de uma fila de cem pessoas, não é "cem" de zero, é 100 de 100 mesmo. Okay, eu sei que não foi correcto, mas que culpa tive eu?
A sério pah, eu juro, fui mesmo inocente nesta história. Não acreditam, pois não? - Eu sabia.
Podem sossegar, deixar de me rogar pragas, porque...
- Já tive o meu castigo, depois disto estive um ano à espera da carta, e tive que lá voltar para fazer 2ª via. E posso garantir que a sorte nesse dia, foi passear até às ilhas Caimão, eu até a vi a dizer-me adeus. Ora toma e embrulha!!
Vocês são mesmo des( Úmanos ) pah....Bolas
cambada de imbejosos
Fuiiiiiiiiiii...