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O meu cantinho

Semeia um pensamento e colherás um desejo, semeia um desejo e colherás a acção, semeia a acção e colherás um hábito, semeia o hábito e colherás o carácter...queres continuar...

O meu cantinho

Semeia um pensamento e colherás um desejo, semeia um desejo e colherás a acção, semeia a acção e colherás um hábito, semeia o hábito e colherás o carácter...queres continuar...

29.11.09

DESAFIO EM CADEIA ROUND 4..RESULTADOS II!!


libel

 

Continuação...

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 Amiga ...amável, expressiva e encantadora...Parabéns

 

S I M P L I C I D A D E

 

Sabes que não entendo nada do que dizes?

 

Confundes-me com palavras que nunca uso. Fazes questão que fique atrapalhada, que core, que baixe os olhos, que retorça as mãos envergonhada. Não entendes...nunca entenderás, por mais que tentes, que te esforces, nunca conseguirás transformar o que sinto em algo complicado e justificável.

 

Vasculhas nos teus livros de teorias criadas por alguém que um dia escreveu o que tu agora achas que são verdades. Não percebes que não há verdades, nem mentiras, quando se ama!

 

Tanta coisa que tentas a todo o custo defender como sendo a verdade suprema e não percebes que complicas as coisas simples, que ultrajas com as tuas manias de pretenso filósofo, defensor de grandes ideais , de seguidor de boas causas, de detentor do conhecimento  das doutrinas de grandes mestres, a justificação para algo que não é defenível. Defendes aquilo que te ensinaram a acreditar, não permites ser simples e unicamente TU.

 

Olha...olha á tua volta...vês o rio que corre tranquilo? Achas que ele se questiona , porque tem que passar por ali?

 

Repara naquele pássaro que pousou no ramo daquela árvore...será que está a pensar no que poderia fazer para melhorar a sua vida?

 

A flor...aquela flor amarela... pensas que está triste  e amargurada por ser amarela e não vermelha?

 

Ah..repara naquela nuvem..hoje é a única a decorar o céu...por acaso achas que sente alguma solidão...que derrama lágrimas e pensa que não encontrará nunca mais as suas irmãs...que se interroga porque não lhe dizem nada, que a desprezam?

 

Só porque tu pensas não quer dizer que entendas, que sintas, que ames mais do que alguém.

 

Pára, escuta o silêncio, e reconhece que apenas a Simplicidade é a senhora que o tempo tem para fazer do tempo a vida de alguém.

 

Com Simplicidade ama, não te interrogues se é bom, se é o momento certo , se poderás sofrer, se vais ser correspondido...que importam as questões, as justificações, as razões ou omissões...

 

Amar é simplesmente amar!

 

A simplicidade dos momentos torna-os eternos.

 

By Manu

 

 

 

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Amiga ...luminosa, divertida e espirituosa...Parabéns

 

S I M P L I C I D A D E

 

Ela ainda se recordava ...as imagens passeavam por sua mente, como um filme, como se tudo tivesse acontecido no dia anterior..mas, na verdade, já haviam se passado cinco anos.

 

Sempre quis ter o controle de tudo, se resguardara da vida, calculava riscos, ponderava... mas tudo escorregou entre seus dedos em questão de segundos.  A espera no portão do colégio, ela, sua filhinha, sorrindo, olhando para as amigas e de repente, em segundos, foi levada por mãos pesadas, homens fortes e tudo ficou escuro...

 

Dias de agonia, ansiedade...regadas por soluços, gritos, desesperos. 

 

Policiais, detetives, portas e janelas de sua vida exposta a todos... Como se a palavra privacidade tivesse desaparecido do dicionário.  E um sofrimento a roer a alma.  A incerteza do êxito...incerteza do amanhã... a vida por um triz.

 

Dias de vigília. O pagamento, a espera, o reencontro.  O fim de um seqüestro.

 

Cessam-se todas as ostentações, os dias de liberdade, os luxos, o artificialismo... a ruptura da gaiola de ouro...Mudanças urgentes.

 

Sim....Cinco anos em que a pequena Aldeia os havia recebido, de braços abertos, não se importando de serem de terras distantes... uma casa baixa, um quintal, alguns marrecos, lar doce lar. 

 

E então ... a paz, a harmonia, o amor, a vida, virtudes e prazeres.... o encontro delicioso e libertador de tudo que nunca havia sonhado, apenas por desconhecer,  o que era preciso para ser feliz....Simplicidade.

 

 

By Regina D`Ávila

 

 

 

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E o vencedor é....

MAFALDA

 

Amiga... silenciosa, brisa suave e tão terna...Parabéns

 

S I M P L I C I D A D E

 

Lá na aldeia da minha mãe, um lugar pequeno escondido bem lá no fundo dum vale, entre as altas montanhas da bela serra da Lousã, tudo era verdadeiro, genuíno. Corria um rio de águas transparentes e brilhantes sob os raios do sol e no seu caminhar cantarolavam uma melodia para quem a conseguia escutar. Numa das margens, parecia de propósito, formavam uma represa onde as mulheres vinham lavar a roupa. Depois aproveitando a erva verdejante estendiam-na bem direitinha a secar. As casas eram feitas de lousa ou ardósia o que as pintava de preto. Os quartos eram pequenos onde quase só cabia a cama e um lavatório de ferro. Os espaços maiores eram ocupados pela casa de jantar e a cozinha. Nesta havia uma lareira no chão e do tecto pendia uma corrente. Nela se penduravam as panelas de ferro preto com três pés pontiagudos. A um canto da cozinha num móvel de madeira escura e robusta havia dois cântaros de barro semideitados e inclinando-os um pouco deles se retirava a água para beber e cozinhar. A água havia que ir buscá-la ao chafariz que ficava no largo da aldeia. Em cada divisão da casa havia uma janela normalmente de formato quadrado que se abria em duas partes para o lado de fora da casa. Na parte inferior das casas existia uma única divisão ampla a que chamavam de lojas e aqui era onde se faziam os queijos com o leite de ovelha e de cabra e onde ficavam expostos a secar. Guardavam-se também os cereais, as frutas e tudo o que das hortinhas se colhia. Também a carne de porco salgada ou conservada em banha. Mas para mim, o mais espectacular das casas era um simples forno a lenha, de forma arredondada, construído na parte exterior onde se cozia a broa de milho ou de mistura e na altura das festas da aldeia o pãozinho doce e o pão-de-ló.

O cabrito com aquelas deliciosas batatinhas... meu Deus do Céu! Nestes dias, o povo juntava-se no Largo da Eira e as moçoilas e os rapazes dançavam e cantavam ao som de uma concertina e entre olhares trocados, namoravam.

As ruas eram inclinadas porque de plana a aldeia nada tinha e revestidas pela mesma pedra das casas. Existia uma única loja a que chamavam de Tenda e desde as mercearias, passando pelas roupas, os remédios até o serviço de correios e acabando na tradicional taverna, tudo e todo o tipo de comércio passava por ali. Ponto de encontro dos homens que ao Domingo após o serviço religioso se juntavam jogando á  bisca e ao dominó. O único telefone que existia na aldeia ali estava também ao serviço da comunidade. Se era preciso chamar o médico, era ali que havia que recorrer. Os carros de bois eram o único meio de transporte para pessoas e géneros, mesmo quando era necessário uma deslocação á vila mais próxima. O acesso á aldeia, da estrada alcatroada que passava bem no alto da serra, era feito por um único caminho de terra e pedras com uma inclinação bem acentuada que chamavam de Lomba e raros eram os carros que se aventuravam a desce-la, sendo quase certo que na subida a ajuda do carro de bois se tornava imprescindível. Á noite escutava-se o silêncio e sob o tecto daquele céu imenso, povoado de mil luzes, o luar era  limpo e brilhante. E adormecia-se olhando pela janela contando as estrelas que lá no alto pareciam sorrir-nos. De manhãzinha ao acordar cheirava a café e a mel. Abriam-se as janelas de par em par e nos campos, pequenos brilhantes luziam nas gotas de orvalho. Cresciam as flores silvestres, o malmequer amarelo, a dedaleira roxa, a urze, o tojo, a papoila rubra, o alecrim. E o campo era uma paleta de cores, qual tela de um pintor desenhando pinceladas. Os cheiros misturavam-se e exalavam no ar. E os pássaros brindavam-nos numa sinfonia de cantos. Um pouco mais ao longe o som dos badalos dos rebanhos na pastorícia. Paisagem, cheiros e sons, uma combinação simples e perfeita.

A população era pequena mas sentia-se um espírito de união, de entreajuda, de dignidade.

Na serra, lá mesmo na floresta viviam lobos, raposas, gatos bravos e aves de rapina.

Era assim a aldeia da minha mãe. Um lugar bucólico, cheio de uma simplicidade de vida, de simplicidade na sua beleza natural, de simplicidade nas suas gentes.

E eu, criança da cidade, tudo me admirava e tudo absorvia. Foi talvez lá que nasceu este meu encanto pela natureza.

E foi assim que ela me ensinou e eu aprendi, que simplicidade é sinónimo de pureza. Que a simplicidade  é um bem a preservar. Nada tem maior simplicidade que a simples natureza, mas ao contemplá-la, ao escutá-la os nossos sentidos sentem-na grandiosa. Há simplicidade no beijo que todos os dias se dá aos filhos, no entanto ele é de um amor intenso. Então a simplicidade é imensa. Simplicidade existe num sorriso, num gesto de carinho, na verdade das  palavras, no arrependimento de actos irreflectidos, no assumir perante o mundo os erros, na felicidade de sentir o cheiro de uma flor, no estender a mão e apanhar uma gota de chuva, no deixar que um raio de sol nos conforte, no fechar os olhos e sentir a música cá dentro.

 

Simplicidade é esgotar todos os pequenos nadas bons da vida.

Numa palavra, simplicidade é um dom.

 

By Mafalda

 

  

 

Esta tarefa não foi nada fácil, pois como podem apreciar todos os textos são maravilhosos, caracterizados pela beleza, sensibilidade e pureza. A minha escolha foi baseada na simplicidade, a qual revi neste texto a todo o instante.

Mas....como existe sempre um mas....amanhã vão haver mais novidades e todos voçês vão receber um presente de Natal  pela honra que me deram neste desafio que tantos amigos me trouxe e dos quais nunca vou esquecer.

Beijinhos e até amanhã, que tenham uma linda noite...

 Beijinhos Iz@

 

        

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