Semeia um pensamento e colherás um desejo, semeia um desejo e colherás a acção, semeia a acção e colherás um hábito, semeia o hábito e colherás o carácter...queres continuar...
Semeia um pensamento e colherás um desejo, semeia um desejo e colherás a acção, semeia a acção e colherás um hábito, semeia o hábito e colherás o carácter...queres continuar...
Os desejos da nossa forma de vida formam uma cadeia ...
cujos elos são a esperança...
(imagem retirada da net)
Estava sentada na areia fina, bem perto daquela muralha, onde tantas recordações teimavam em avivar a sua memória. Não teria ficado mais de cinco minutos naquele lugar, mas algo a prendia, talvez o facto de se sentir sózinha e sem rumo. Ali iria encontrar um caminho, sabia que aqueles grãozinhos de areia eram especiais, aquele mar imenso a tranquilizava. Imaginara faz muito um dia como aquele, ameno, silencioso, apaziguador, e era isso que precisava...de silêncio!!..Os flashes de situações outrora vividas abriam-se como clarões, conseguia visualizar tudo ao pormenor, era tão real que achava poder mudar o rumo dos pensamentos e dar outro sentido aquela história. É isso, precisava estar ali, reviver tudo de novo, só assim poderia compreender e talvez começar de novo, saltar páginas não era solução, fechar os olhos não resultava, abdicar de novas emoções era morrer aos poucos.
Sentia a areia morna por entre os dedos, o sol batia-lhe nas pernas nuas, tinha arregaçado as calças de linho e por momentos viu-se a correr em direcção ao mar, as marcas dos seus pés ficavam tatuados no areal molhado, que engraçadas eram as marquinhas, tantas em tão poucos passos, quantos pés teria, um dois, três...perdeu-lhes a conta e deixou-se cair em sorrisos largos, satisfeita por conseguir pensar em coisas rídiculas como os pés. Que mais a faria rir, tinha que fazer um esforço, tinha que contrariar os pensamentos, mover-se, distrair-se, brincar consigo própria , com o seu sentido de humor, tão esquecido no tempo. Tinha liberdade, podia fazer tudo, inclusive sonhar, sem receio de ser acordada, podia voar sem medo de cair, podia caminhar, trilhar caminhos, afastar as pedras, pular muros e voltar a sorrir....e viver, viver...viver....
Sentiu os salpicos na cara, estava fria, límpida e tão azul, conseguia ver as conchas, os búzios, as pedrinhas de várias tonalidades, até se destacou uma estrelinha do mar. Que faria ela ali sózinha pensou, quase que a reconhecia de tão presente e familiar, não podia ser a mesma, passou tanto tempo, aquele colar. Levou a mão ao pescoço, ainda o sentia lá, apesar de há muito se ter afundado nas areias dessa praia. Esquece..esquece..esquece..., concentra-te na garrafa, no bilhete, tem de ser agora, a maré está perfeita, o vento a teu favor, embalada pelas ondas chegará ao destino. Tu consegues, ...joga no mar as tuas dúvidas e incertezas, os teus medos e receios, a tua saudade e desespero, mas também os teus pensamentos, sonhos e desejos, depois ...aguarda pela resposta, ela virá todos os dias, na brisa da Primavera, junto ao calor do Verão, escrita nas folhas do Outono e temperada pelas chuvas do Inverno.
Agora a sério, este episódio não vos é familiar??...existem alturas na vida em que precisamos jogar a garrafa ao mar e acreditar que a bom porto vai parar, é o tal fio condutor que percorre o nosso interior, exalta e faz reagir, é a tal esperança que nunca morre. É a sobrevivência a revelar-se numa experiência de VIDA!!...
...É o CORAÇÃO a mostrar quem manda!!...
Digam lá se não estou inspirada??...isto dava um livro...lol..
..mas preciso da vossa ajuda ..., todos são essenciais...
que tal darmos cor às estações desta história... Porquê??...
nhamm...nham...já estou a lamber os bigodes amiga, pois adivinho um manjar dos deuses, pelas tuas mãozinhas de fada só pode a ementa ser de excelência. Não quero atrapalhar o teu serão, imagino a pressão misturada com o entusiasmo e vou deixar-te trabalhar em paz e sossego. Voltas quando quiseres e tiveres disposição, tu sabes que esta porta nunca se fecha, está sempre aberta à vossa imaginação e prazer. O tema são as estações, chamei de poesia ao aconchego que cada uma nos traz. Mas os comentários são livres, como tudo que aqui gira!!
Foi uma linda história que aqui deixaste, com tudo o necessário para nos fazer sentir o sol quentinho deste cantinho... e até o escorregar dos grãos finos de areia por entre os dedos... Não cheguei a dizer-te com todo aquele stress (está bem de ver que sou mesmo maluca) que adorei o teu conto... e acho Libel que nunca tão "séria" te tinha encontrado. Eu sei amiga que todos nós temos os nossos momentos em que as recordações aparecem, às vezes do nada... e tens toda a razão porque essa de "saltar páginas não era solução...". Não sei se todos os sentimentos descritos foram apenas imaginação, ou fruto de um pedaço de realidade que te trouxe hoje aqui, assim... Mas imagino, que mesmo sendo fantasia, algures por aí, eles serão tuas visitas. Embora tenhas uma maneira de estar na vida toda envolta em alegria, quem amiga, não guarda preciosas recordações... Quis dizer-te que entendo que também tu deves ter as tuas lutas interiores...
Bom... mas como já lá diz o ditado - tristezas não pagam dividas -...
Faltei à chamada... pedi um tempo e não cumpri... não gosto de fazer isto... por isso me puz de castigo a mim mesma lá no meu espaço. Sei que já viste e vou agora para lá responder-te. Obrigada pela história linda e pelo tão conseguido final. Beijoquinhas Mafalda
Olá Mafalda, Quanto ao teu texto só posso dizer uma coisa: Acho que te vou por de castigo muito mais vezes, pois se for preciso para nos deliciarmos com a tua esccrita...eu viro mais ruim do que já sou e infernizo todos os teus momentos de paz com trabalhinhos de casa...ahahhhh..
Quanto a mim, uns são imaginários, outros reais, outros fantasiosos, outros sonhados e outros ainda por sonhar, mas na realidade quis apenas tocar um pouco de esperança no coração de todos.
Beijokas amiga...e obrigado pela tua dedicação e amizade.